Meus olhos vão e vem no balanço do pêndulo de um velho relógio.
Estou hipnotizado pelos segundos.
Dentro de mim o medo violentamente me cala e tapa meus olhos.
Silêncio e escuridão.
Tudo parece um sequestro relâmpago.
Estou diante de um profundo abismo entre ontens e amanhãs.
Uma inconsciente confusão em meus pensamentos impera.
Sinto minha alma acorrentada.
De repente não habito mais em meu controle.
A angústia do tempo envenena minha calma.
Mas dos meus pulmões nascem gritos de resistência que invadem minha garganta e avançam como um furacão contra incertezas.
Nas minhas veias correm certas verdades que alimentam a coragem.
Das minhas mãos brotam várias palavras que constroem uma ponte para romper esse vazio entres os dias.