O sol nasce no horizonte como de costume
Os voos dos pássaros permanecem os mesmos
Caem as folhas das árvores rotineiramente
O corpo pulsa seu fluido vital várias vezes ao dia
As pálpebras piscam ao som do existir
E os pulmões inspiram sem saber o seu fim
De repente, para
Interrompe
Um fragmento da natureza se desfaz
Como um nó
Vira fim
Vira pó
O sofrer nasce no horizonte como de costume
Os voos das lembranças, porém, permanecem os mesmos
Caem as lágrimas dos seres indiscretamente
O corpo não mais pulsa seu fluido vital diariamente
As pálpebras não piscam, pois não há existir
E os pulmões relaxam conhecendo seu fim.
A carne é passagem
O legado é eterno.
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