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Desejo de ser: vontade de não ser

Desejo de ser: vontade de não ser
Escritor Kovac
Jul. 14 - 3 min read
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Desejo de ser, vontade de não ser é mais do que um livro, é um convite à reflexão.

Como o livro versa sobre autoajuda, autoconhecimento, espiritualidade, fantasia, psicologia, filosofia é muito difícil classificá-lo em um gênero literário. A construção da história fica a cargo do próprio leitor ao responder as perguntas instigantes que são feitas ao longo do enredo para os personagens da história.

O livro conta a história de Laura e William após os acontecimentos marcantes na vida de ambos, Ela mostra os escritos deixados por Cláudio (personagem central do livro O Pergaminho Inca, Editora Madras, da minha autoria) durante a meditação que transformou a sua vida e seus dilemas existenciais.

Ao passar por uma fase depressiva, questionamentos interiores chamam o personagem Cláudio para meditação. Em um ambiente intimista, ele se encontra no quarto de sua casa quando um mago se apresenta para leva-lo em uma viagem astral.

Se o mago é uma entidade espiritual, um ser criado pela mente, ou mero delírio de Claudio, é uma questão pouco relevante, pois o mago ganha destaque ao confrontar o personagem sobre tudo o que ele acredita, principalmente os seus incômodos que o levam a sofrer em demasia, as limitações que o próprio personagem se impõe e toma como verdade. São os falsos cristais presentes no porta-joias, sem brilho, que o gnomo apresenta como frutos da ilusão mental.

O personagem é transportado para fora do corpo, em possivelmente uma experiência espiritual, novamente fica a cargo de o leitor interpretar o que está acontecendo, e se vê com a forma espiritual de Manco, vida que teve durante o Império Inca junto com Mamma (personagem presente também em O pergaminho Inca) e assim sua mente viaja para outro tempo e lugar.

É um livro que exige atenção de Laura e William e, principalmente muita reflexão. Ao ler as ideias dos diferentes personagens é possível fazer um paralelo com as nossas próprias questões íntimas, apegos, condicionamentos, medos, passado, limitações, culpas, desejos de ser que são frustrados pelas crenças limitantes internas que geram a vontade de não ser.

Não há como ler sem nos questionarmos e transportarmos as dúvidas e medos de Claudio para avaliar nossa própria existência. Cada leitor terá uma experiência única, já que a diversidade de temas é tão grande que algum assunto acabará se destacando mais do que outro, dependendo da necessidade interior.

É um livro que dá força ao nosso próprio eu, já que Claudio consegue sair da posição de vítima e reconhecer que seu pensamento é o verdadeiro criador das condições em que se encontra e assume a responsabilidade pelos seus atos, não mais sendo mera vítima das circunstâncias ou de alguma força divina: “Você que bloqueia a luz criando a própria sombra”.


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