O brilho refletido no orvalho,
A brisa fresca e o puro ar
A luz toca o hino da manhã para um novo cenário,
E ainda que eu me sinta confinado, um novo tempo há de brilhar.
Ao cair da noite, as estrelas mostram sua beleza,
Toda luz emanada do infinito desce a mim.
E assim hei de ungir em meu coração uma nova grandeza
Toda tristeza em meu peito terá de desaparecer enfim.
O espelho posto em minha frente reflete a luz da minha alma,
Caminho entre os labirintos da mente
Encontro um novo ser, este que brilha como a chama,
Vem até mim, entoar sua canção fulminante.
Ofuscado pela verdade, não aceito sua acroama,
Eu não preciso de novos feitos para a ilusão já findada
Quando meu tempo sem luz ficar, eu não temo a bela dama,
Mesmo que minha fé esteja abalada.
Eu nunca desejei a vida, nem mesmo a morte,
Chama de cor azul queimando o peito ferido
Destruirás os sonhos do teu querido consorte,
Ainda que eu tenha dado a ti meu sonho mais doído.
Suplico que a pluma ao vento caia sob a grande árvore,
E que a luz por entre os galhos venha ao meu encontro.
Quebre o encanto do enfermo, para que um dia comemore,
O tempo em que todas as luzes irão dançar sob meu manto.
Ricardo Nunes Manenti
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