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Correios.

Correios.
Hudson Henrique.
Jun. 29 - 1 min read
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Não existe palavra pra mensurar
o enorme buraco que fez em meu peito.
Não há descrição exacerbada ou abismal
pra dizer o quanto posso sentir aqui dentro.

Simplesmente porque você resolveu 
ter o riso mais perfeito e imensurável de toda minha existência
neste pequeno mundo.
Só apenas porque você decide abrir seus lábios, cor de pétala,
e jogar sílabas contra meu rosto gélido neste inverno.

Indescritível e totalmente com todo o sentido
posso te dizer que você não é qualquer pessoa,
não posso deixar que diga tchau, 
não posso deixar que vire as costas agora. 
Não quero ser nenhum fantasma abrindo sua porta,
muito menos alguma lembrança no travesseiro.

E mais uma vez
não consigo achar nenhuma palavra pra tentar, no mínimo, 
te explicar o que eu sinto nesse momento. 

Só deixa o silêncio fazer parte desse momento,
deixa nossos lábios perto um do outro.
Não precisa dizer nada, 
espero que possa ouvir saindo de meus olhos a te olhar, 
cada palavra. 

Eu tô apaixonado por você,
e nada me impede de dizer: 
“vem pro meu abraço”, “vem pro meu canto”, 
e se não for incomodo… “vem pra minha vida”.
E esse nome, olha esse nome,
não vou esquecer.
Não é como um endereço que não sei chegar
ou uma correspondência que não puderam entregar.

É tão fácil de marcar,  tão único.
Ou será que é eu que estou tão vidrado?

Ficaria com você fácil, sem erro,
igual a um selo raro dos Correios.
 


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