Conta-me como se tudo fosse acabar.
Conta-me depressa, agora, hoje, e sempe.
Descansa e senta-te, adormece mas conta-me.
Conta-me das nossas brigas ao anoitecer e dos nossos beijos ao amanhecer.
Conta-me da nossa primeira dança no fundo do quintal
Conta-me, conta-me sem parar e sem pensar.
conta-me do cantar do passaro nas manhas da nossa janela.
Do cair do sol nas tardes de verão e do brilhar das estrelas nas noites de primavera.
Conta-me qualquer coisa, mas lembra-te de todas as coisas.
Conta-me, conta-me tudo.
Conta-me sem soluçar, e sem parar.
Conta-me.