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Cegueira

Mario Souza
Sep. 24 - 1 min read
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Cegueira

 

Começo a seguir a cegueira do mundo

E cada esquina de mim, se mistura

A cura que não vem.

 

Passos, encalços, percalços que nos detém.

Em frente da mesmice paro e sinto

E minto ou sento ao lado de alguém.

 

E vejo que a estrada foi tolhida

Pelo lado de fora, não entro,

Nem enfrento, apenas aguento

As asperezas que não me faz bem.

 

Uma multidão se aconchega,

Canta e vibra para o alto

Alguém Resenha e vende uma senha

Para alcançar os améns.

 

Tem outros pecados,

Taxados num livro

Que acolhe os defeitos

Enfeita por certo valor.

 

Tem moças e velhas

Jornais e crianças

Uma fruta se desculpa

Cada dia uma moça

É chamada de puta também.

Por homens singelos

Sinceros com o que você tem.

 

Afasta uma ruga, insulta

Um rosto de alguém

Que pede seu tempo

Seu ouvido igualmente

Será teu amigo pra sempre

Até amanhã.

 

 

 


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