quando te desnudaste
diante do fotógrafo
à meia luz em tons vermelhos
o corpo meio oculto
a pele meio exposta
foi como se as questões da existência
se resumissem a esta única
interrogação:
quem és tu?
eu te olho e te olho
e beijo os teus pés
e nesta bunda que foge
da ditadura do tecido
eu ajeito o pau
- olha, olha o meu pau
que eu quero dar pra você -,
eu passo saliva
e devagar empurro
penetro,
que apertada tu és.
te seguro com firmeza
te mordo a nuca,
tiro ele todo, enfio de novo,
inteiro,
enquanto apoias na parede as mãos,
e o fotógrafo em êxtase assiste
a modelo sendo comida
diante de seus olhos.