Por aqui transitam anjos
Ao lado, a dona da foice
Pelas portas ouço vozes
Sussurros, gemidos, gritos...
Alguém começa a partir...
Olhares fixos a se distrair
Inertes suplicam por andar
Nó na garganta, aperto no peito,
Veias sem pulsar, não tem jeito...
A cada final, uma vida suprimida.
Quietude, então tudo silencia.
Murmúrios vagam pelo espaço
Nada a fazer, um ser pereceu...
Restaram palavras ainda não ditas,
Abraços não serão dados, tristeza...
Aqui parece não haver mais beleza
Planos, segredos, tudo se perdeu...
Algumas caminhadas são breves
Só restará a lembrança e a saudade
E a contínua a procura da felicidade!
Márcio Paz Martins