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Braços aberto

Braços aberto
Cíntia Alves de Rezende
Jul. 23 - 1 min read
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Braços abertos, corpo ereto e pulo no infinito. Nesse momento não estou pensando em nada, estou livre. Sentir o vento no rosto, confiar que estou no melhor lugar e somente ficar. Existem muitos como eu neste momento, querendo voar, querendo ser, encontrar-se. Somos iguais, mas buscamos coisas diferentes. O mais legal é que vamos ajudar o voo um do outro. Não há competição, é tudo leve. Aqui só existe o sentir, experienciar. Mas antes desse momento ter chegado, precisei trilhar caminhos que me levaram a lugar nenhum. Machuquei meus pés em espinhos e pedras. Me perdi. Senti frio, fome, sede. Pessoas com máscaras se apresentaram e quiseram ficar comigo por uma parte do caminho. Não me opus. Ganhei um coração partido pelos momentos vividos. Muitas vezes vi o céu escuro com nuvens que me impediam de ver além. Tive que aprender a dizer adeus. Nunca é fácil dizer adeus. Mas todas as vezes que fiz consegui alcançar mais o céu. Nesse novo caminho conheci novas pessoas, amizades, amores. Pude me entregar! Confiar que tudo ficaria bem. E assim é a vida, uma dança, um voo, uma chama. Por olhar demais para o céu virei um passarinho.


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