As vozes que te colocam no poder, nunca conhecem sua história.
As vozes, que te obrigam a agarrar sua vitória, jamais, lutariam por sua glória.
Os novos sofistas nada fazem senão falar.
Te iludem, te obrigando a se debater, não desistir e sempre a lutar.
Falar é facil, viver são os outros quinhentos.
Depende de outros fatores, e, de tantos outros emolumentos.
Qual parte da sua essência, você se dispõe a perder?
Do quanto de si, é capaz de vender para ser influência?
Tudo precificado e você, sendo uma carta em um baralho.
Tendo sempre a ambivalência, na incerteza da próxima jogada e na total inconsciência.
E o jogo é quase sempre, apenas mutilante.
Outras vezes, da vida, o seu determinante.
E você é induzido a tentar ser o tal, o maravilhoso, o ser ideal.
Tempo de se saber o próprio preço, e, não, de se perguntar se eu mereço.
Só vamos ter crédito em carbono.
Sobre a vida, jamais, seremos o seu próprio dono.
Enquanto a ampulheta se esgota de areia, precisamos nos perguntar:
Se ainda há sangue em nossas veias.
E se os nossos intestinos funcionam, sem a ação benévola da aveia.
Se um dia seremos libertos, aprisionados que estamos, dentro desta teia.
CLEÓFAS 10/11/2021 -