Era tudo tão estranho,
não havia ninguém aqui.
Mas eu continuava a sorrir,
fingindo não perceber.
Todas as luzes estavam apagadas
e a noite me feria.
O ar frio me lembrava de
todas as horas perdidas
sonhando com o intangível.
O meu atordoamento
me levava aonde eu
jamais quisera chegar
e eu apenas perguntava
o que houvera com
quem eu um dia fora.
Já não quero me perder,
embora não deseje me encontrar,
pois tenho medo de descobrir
que me tornei o que
sempre desejei não ser.