Às vezes...
Estou calmo, sou só sorrisos e alegrias,
Noutras, sou fúria ou apenas nostalgia,
Estou carinhoso, e talvez, à leve ao céu,
Ou sou veneno, com o gosto amargo de fel.
Às vezes...
Sinto-me seguro e controlo minha mente,
Em seguida, estou sem rumo, fico carente,
Posso ser teu amor ou tua grande paixão,
Ou talvez um algoz, saído da escuridão.
Às vezes...
Sou o teu palhaço, o teu brinquedo engraçado,
Então, cai à máscara, viro num ser endiabrado,
Sou um ouvinte atento, prestes a te escutar,
Conforme forme o assunto, prefiro parar...
Às vezes...
Ouço tuas verdades e até os teus segredos,
Mas se passar dos limites, vira um defeito,
Pra ti, posso ser pouco ou talvez seja muito,
Ser tudo, ou um imenso deserto em tua vida!
Márcio Paz Martins