Não tem como esquecer quartas e sextas
Sextas de branco
Quartas em vermelho rubro
Em rubor de eternos nãos
Misturados com os sons das manhãs
Como esquecer o esperado ?
Como esmaecer o não dito?
O chegar desesperado
As brumas de instantes infinitos
Somos o entrelaçar das pernas
Da volúpia de um beijo molhado
Nado em pernas quentes
Me afogo no eterno de seu corpo
Queimo com as fagulhas de suas carícias
Desmaio em meio ao grito
Sextas de branco
Em quartas num quarto em chamas
Meio do meio de tantos ais.
Alfredo de Morais Neto