Não sei onde foi que me perdi
nem por que meus olhos resolveram pousar longe
quando foi que me distraí
e me peguei escrevendo e vivendo
nas margens de linhas tortas
cortejando o equilíbrio e a insanidade
fugindo de qualquer forma de correção
sigo tentando ser fluxo
dançando a fuga
para que não me descubram
que não me peguem
que não me apaguem
e nem me enquadrem
e se minhas pernas falharem
e todos os esforços não forem suficientes
que ainda assim não me calem
que minhas palavras sejam corpo para minha alma
e voem