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Apenas uma sonhadora

Apenas uma sonhadora
Cíntia Alves de Rezende
Jul. 23 - 2 min read
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Eu sempre fui daquelas pessoas sonhadoras, que via os contos de fadas e desejava com todas as forças viver em um. Sempre me imaginei casada com filhos antes dos 25 anos. Meu sonho era poder ser mãe, gerar uma vida e sentir esse amor incondicional.

Hoje eu completo 32 anos e minha vida não poderia ser mais diferente daqueles ideais românticos. Não que eu deixei de acreditar no amor, mas eu mudei e agora os contos de fadas para mim parecem só mesmo uma utopia, algo para se vender filmes. A vida real é bem diferente, não existe receita mágica em que tudo dá certo e todos são felizes para sempre.

As emoções nos colocam no banco de um carrinho de montanha russa, oscilando. Momentos que nos sentimos muito bem, uma felicidade imensa. Momentos em que nos sentimentos muito mal, onde acreditamos que ninguém entende nossa dor e que nunca irá ter fim. Mas a verdade é que isso só existe na nossa mente, nós criamos subjetivamente o nosso mundo. Pensamos saber o que as pessoas pensam a nosso respeito e vamos nos moldando para encaixar como as peças de um quebra cabeça. Não damos valor ao fato de sermos únicos, não existe nenhuma outra pessoa no mundo como você. Podemos ser iguais, mas também somos muito diferentes. Iguais em nossas funções biológicas, diferentes na forma de viver.

Por diversas vezes quis mudar quem era. Não entendia e nem aceitava ser dessa forma. Enxergar sempre bondade nas pessoas, quanto mais elas me decepcionavam ou machucavam. Não entendia que mudando quem eu era, as pessoas continuariam as mesmas. O problema não era eu ser boa demais, amigável ou gentil. Só que as pessoas são diferentes, passaram por experiências diferentes, isso fez com que a percepção que elas criaram de outras pessoas seja ruim. Elas deixaram de acreditar. E por que eu deixaria de ser quem eu era? Agora não vejo muito sentido. Agora eu brigo com unhas e dentes para ser eu quem sou. Tenho orgulho disso.

E de boa mesmo, foda-se.


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