Quando você transpuser as muralhas gastas do meu coração,
Serei sua.
Deixarei que se levante e reclame o meu amor.
Mas não tornarei sua glória tão fácil,
Pois me encontro prisioneira da lâmina cega do ciúme,
Que corta e fere meu ser,
Quando vigio teu rosto em busca dos teus olhos e vejo-os perdidos no infinito.
Amargo destino, te querer tanto no desejo de fundir minha alma à sua.
Ainda não sei ter você só para mim.
Arrepio-me com tua voz solta no contorno dos lábios,
Esparramando flores que adormecem meus sentidos.
Não suporto te ver além de mim.
Quero ser única em tuas mãos e em teus pensamentos.
Esse amor egoísta torna-se amargo em sua vigília.
Atire ao vento sua força brutal pra que ela chegue até mim,
Feito brisa adornada de promessas e,
Que ela quebre a incerteza e me faça enxergar somente o que preciso...
Você.