Seja tudo o que há de belo, do amor e da vida
Seja tudo o que vier de dor, que o amor deixa ferida
Seja tudo o que se quer do amor – a alma enternecida
Seja tudo o que se puder, pois no amor encontra-se guarida
Fez-se luz na minha penumbra quando apareceste
Fez-se juz ao brilho da retina quando me reviveste
Fez-se música em meu silêncio quando me sorriste
Fez-se calma na minha revolta quando me quiseste
Deu-se festa na minha tristeza quando me encontraste
Deu-se vida à desvalida vida quando me amaste
Deu-se chama no meu peito gélido quando me envolveste
Deu-se água ao meu sedento leito quando me tocaste
Dou-te as rosas deste latifúndio que em mim plantaste
Dou-te os astros do meu universo que iluminaste
Dou-te a vida que me vale tanto e que me devolveste
Dou-te a alma que me vale tudo e que me resgataste