Dos dias que despontam ao norte
E cresce na relva sem flores
Seus nomes denotam segredos
Mulheres que acolhem caladas.
E faz de si mesmo o começo,
Com sorte de quem ama o acaso.
Aceita na fronte o sublime
Aperta com força seus passos.
No peito o fado traçado
Tem feito com que se aproxima
Por parte de sua loucura
Abraça uma flor ou menino
E beija a mulher que lhe basta
lhe dando nas mãos seu destino.
A noite seus medos percorrem
As veias que cabe no punho.
Teu sonho agita o balanço
E prega ao temor desvario.
Nas mãos a mulher oferece
Abraço que acolhe o sentido
Acalma a alma do mundo
Recolhe da dor o veneno
E retira do sono o espinho.
Mário Déggas