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A morte vestida de farda.

A morte vestida de farda.

Seu José sai de casa para o trabalho

Sabendo que pode não voltar

Em sua marmita ele leva arroz, feijão, carne e medo para almoçar

Na volta ele caminha entre às vielas

Rezando para todos os santos que o próprio Satanás apareça

Ao invés de um PM armado, disposto a tirar inocentes vidas negras

Quando ele chega em casa agradece a Deus por não ter virado mais uma estatística

Sua família o recepciona com alívio no olhar, mas triste ao noticiar: seu amigo Evaldo morreu... seu caso, foi alvejado. 80 tiros pobre coitado.

E esse é o reflexo do abandono e da crueldade de um governo e de um estado

Que mata, violada, mas não se importa. Afinal, a carne negra sempre foi a mais barata de toda a história