Acordei numa manhã preta, olhos fusco com neblina de um dia escuro.
Acordei em uma hora negra. Levanto-me e enxergo os meus olhos arregalados, meu lábio carnudo e grande, sequencialmente de um nariz achatado.
Acordei no milésimo suspiro de um ar
trigueiro, mais trigueiro mesmo!
Acordei em uma rotina cheia de melanina e me vi preto, pretinho quase um carvão.
Acordei de frente ao espelho onde vi ou melhor, onde me vi pela primeira vez preto da boca grande dos olhos arregalado do nariz achatado.
Imediatamente vi outros pretos de olhos arregalado, de boca carnuda e de nariz achatado.
Acordei numa manhã e vi gente preta ou melhor me vi com a gente preta.
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