A DANÇA SOB O CÉU
Sob o céu platinado do meio dia,
sem sol sem gotas.
Sob o vento das estiagens,
Envolvi meu corpo a dançar no tempo,
Sob o bafio da morte,
da desesperança,
que resta?
Dança...
Sob o céu sem cor
nem finalidade,
dance pelos corredores escuros
do medo.
Ensaie movimentos que seu corpo,
Essa força de potência arrefecida,
entrevado de nãos tanto hesitou.
Dança sem motivo,
nem música,
Nem público.
O nada pelo nada.
E o que resta?
Resta todo o resto.
E quando o nada tinge o céu de cor duvidosa,
E a dança é interrompida pela razão
e também pelo pudor de outros olhos.
Eis que o céu aplaude em gotas frias e intermitentes,
Guardadas por cinquenta dias ressequidos,
A dança da chuva!
22.07.2020 - Daiane Almeida
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