Mas não seria isso uma escravidão ? Viver as sombras da multidão, se mostro quem sou tentam a todo custo me expurgar do paraíso
Paraíso imperfeito onde são aceitos somente os que mentem pra si mesmo
Ao tentar me encaixar nesse mundo obsoleto perdi um amor verdadeiro, onde tive medo porque ela me lembrava de mim mesmo, hoje já não confio em ninguém nem em mim mesmo, as escolhas que faço vem do acaso assim eu ando em busca do recanto dos pássaros, nessa busca achei a saída
Fiquei tempo de mais na caverna meus olhos queimaram ao sair, agora cego segundo eles vejo a verdade e busco o caminho da sobriedade
Ao sair sinto entrei no submundo os gritos de socorro ficaram mais agudos, o buraco no peito aumenta a cada segundo, medo de não encontrar a luz no fim do túnel
Nos dias de sol sou brilhante mas ao cair da tarde sou a escuridão inconstante, minha vida já não tem mais sentido toda noite tenho no peito um abismo, falta de afeto já se tornou um feto alimentado por ralações de concreto, esfareladas com o tempo pelo mar aberto de escolhas tomadas por alguém perdido no deserto, com cede de objetivos de vidro que já foram quebrados pelo seu ego inflado