"A cada qual um destino", ele me disse. E como se despretensiosamente, olhou-me firme nos olhos e baixou as vistas. A principio eu não entendi o seu olhar, ou melhor não quis entender. Afinal de contas entender ou não , naquele exato momento, certamente não faria muito sentido, e nem era de fato o que eu pretendia.
Era fim de tarde, e tudo o que realmente faria sentido prá mim, era o calor morno do sol se pondo, e ver os seus passos lentos a caminhar calmamente sobre a fina areia da praia.
Lembro com saudade a imagem da alva espuma das ondas desfazendo as marcas dos seus passos. A sombra do seu corpo se misturando nesta tal e qual um leve esboço de despedida. O meu olhar deslizando lentamente sobre o amarelo dourado do mar, até o horizonte.